O que uma pessoa é capaz de fazer por um time? Matar? Morrer? É possível. Não há limites para uma paixão que beira a loucura. Com essa sacada e seguindo o exemplo de times como o Barcelona e o Chelsea a diretoria de marketing do Corinthians mudou a forma de faturar com futebol no Brasil.
Com o centenário do clube como plano de fundo, o ex-banqueiro Luís Paulo Rosenberg – atual diretor de marketing do time, em 2008 foi até a sede da Nike, nos Estados Unidos, arquitetar um projeto de fortalecimento de ambas as marcas no País.
De um patrocinador “comum”, a Nike transformou o poderoso timão numa nação de 30 milhões de torcedores e potenciais consumidores, com direito a RG e tudo. Afinal, um cidadão de uma “Nação” precisa de uma identidade.
Daí pra frente, foi uma sucessão de chutes a gol; a criação da rede de lojas Poderoso Timão – que hoje conta com mais de 100 franquias recheadas de produtos licenciados, a contratação do fenomenal Ronaldo, o uso das redes sociais como ferramenta de difusão de conteúdo, entre tantos outros.
No Brasil, outro time que tem faturado com o marketing esportivo é o Internacional de Porto Alegre. Para comemorar o centenário em 2009, em 2003 o clube criou uma campanha para atingir a marca dos 100 mil sócios – um recorde alcançado. O faturamento do Colorado chegou na casa dos 176 milhões de reais, perdendo apenas para os corintianos.
Para o futuro, o Corinthians deve inaugurar 10 lojas da Farma Timão (setor farmacêutico) e uma linha de carnes bovinas para churrasco. Hoje, o clube encerrou 2010 como a primeira agremiação brasileira com receita anual superior a 200 milhões de reais. Um golaço e tanto.