07 de Março de 2017 Por Artigo de Fábio Prado Lima

Há alguns dias, o Facebook deu os primeiros passos e anunciou grandes e promissoras novidades sobre a monetização de vídeos nativos, sejam Lives ou sob-demanda. Isso mostra que a rede social tem se mostrado interessada em, também, aumentar seu faturamento de anúncios em vídeos, que provavelmente ainda é tímido e sequer é divulgado nos relatórios quadrimestrais de investidores.
Ainda há um longo caminho a ser percorrido até que a rede de Mark Zuckerberg consiga competir de igual para igual com o YouTube, mas esse cenário pode mudar muito rápido. O Facebook é a rede social mais dinâmica que vemos atualmente e mudança, nos mais diversos campos, é sua única constância.
Falando em números:
A rede de vídeos do Google divide a receita de anúncios com produtores desde 2007 em 45% para a rede e 55% para o produtor, especula-se. Com mais de 1 bilhão de usuários, o lucro líquido do YouTube (apenas do YouTube) foi cerca de US$ 5.58 bilhões em 2016, comparado aos US$ 10.22 bilhões de lucro líquido do Facebook no mesmo período.
A divisão das receitas de anúncios em vídeos no Facebook tem sido falada desde 2014, mas o que aconteceu até hoje foram alguns testes com poucos influenciadores, grandes empresas e produtores de conteúdo.
Dividir o faturamento para estimular os produtores de conteúdos originais a, também, postarem seu conteúdo integralmente no Facebook – e não somente no YouTube – é mais do que uma oportunidade imensa, é uma necessidade.
Necessidade por quê?
A base de usuários continua a crescer, mas, aparentemente, numa velocidade menor do que o crescimento da quantidade de anúncios. Com isso, o espaço para anunciar vai se tornando cada vez mais concorrido, consequentemente, acarretando custos maiores, o que deve diminuir a velocidade de crescimento das receitas com eles. Essa diminuição do ritmo foi afirmada pelo Dave Hehner, CFO/diretor financeiro do Facebook, em uma apresentação de resultados, em novembro do ano passado.
Contornar isso apenas aumentando a quantidade média de anúncios que um usuário vê poderia prejudicar a experiência dentro da rede social, o que seria um tiro no pé.
Então, além de continuar expandindo a base de usuários e continuar trazendo novidades que ajudem a trazer mais resultados para anunciantes, sem atrapalhar a experiência de usuários, uma excelente solução pode ser a criação de novos espaços relevantes para aumentar o inventário de anúncios.
Vale salientar que a monetização de vídeos em Facebook está ainda em seus estágios iniciais e, por isso, pode não soar tão interessante para produtores de conteúdo no momento, mesmo que a base de usuários do Facebook seja maior que a do YouTube, contando com 1.86 bilhões de usuários ativos mensalmente.
Na luta pela soberania da monetização de vídeos, é necessário que o YouTube continue a trazer melhorias e novidades aos anunciantes e produtores de conteúdo. Caso isso não aconteça, podemos esperar um rápido avanço do Facebook ao trono.
Acredito que é muito importante que as marcas e produtores de conteúdo não se fechem para novas possibilidades, assim como a monetização do Facebook.
E o que você achou dessa novidade, enquanto usuário e anunciante?
Fábio Prado Lima é professor do Face Ads Descomplicado e diretor da AdResullts
http://adnews.com.br/adarticles/monetizacao-no-facebook-o-que-voce-precisa-saber-sobre.html